A questão linguística e a participação no processo democrático moçambicano: o caso do Município da Matola
A democracia preconiza a partícipação de todos os segmentos_sociajs da sociedade na resolução dos seus problemas. Esta afirmação, a prior, faz levantar algumas dúvidas sobretudo em contextos de países africanos que adoptaram como língua oficial a língua do ex-colonizador. Entre tantas dúvidas sobressai a seguinte: como é que todos os segmentos sociais podem participaractivamente na resolução dos seu s, problemas se a maioria dos países ^colonizados são multilingues e as instituições democráticas usam exclusivamente comojíngua de trabalho, geralmente língua do^ex-colonizador. ( é com base nestes pressupostos que o nosso estudo foi desenvolvido. Assim o objecti vo geral da nossa investigação é procurar perceber se a língua é umfactor a ter em conta na participação das pessoas na gestão da coisa pública. O estudo é composto por sete capítulos assim constituídos: introdução. Neste capítulo apresentamos o problema e as hipóteses de trabalho, bem como o objectivo último deste estudo. Contextualização do estudo. Este capítulo foi concebido para apresentarmos o enquadramento político-social e histórico do estudo. Id – enquadramento teórico. Neste capítulo, numa primeira fase demonstramos a relevância teórica e o ponto de situação do estudo das questões fundamentais, nomeadamente a questão linguística e a participação. Numa segunda fase fornecemos definições e discussões de conceitos subjacentes ao tratamento de dados, nomeadamente política e planificação linguística, democracia e exclusão social