A rádio moçambique direccionou sempre o seu trabalho, desde a sua criação em 1975, na perspectiva do vasto auditório que, maioritariamente, se comunica em línguas bantu. Criadas as condições para o contínuo alargamento quer das áreas de cobertura técnica efectiva, quer do espectro das línguas bantu e seus respectivos períodos de transmissão, a passagem à abordagem da selecção de variantes dialectais dessas línguas como o aprofundamento do conteúdo dessas emissões toma-se um processo inadiável. Com efeito, estas emissões apenas cumprirão, adequada e plenamente, a sua função social, promovendo o diálogo e o desenvolvimento integrado, respeitando os direitos linguísticos dos seus falantes nativos, se tiverem em conta o fenômeno da variação dialectal. Esta tese é a nossa contribuição no debate que sentimos necessário, incidindo no caso’ do xirhonga, na eimg. Ela estrutura-se em cinco capítulos, em que os dois primeiros se debruçam sobre a introdução e a situação linguística de moçambique e o uso das línguas locais na radiodifusão. No terceiro, faz-se a revisão bibliográfica, para no quarto se procéder à análise e discussão dos dados, terminando no quinto com as conclusões e recomendações.